Jovem alagoana se destaca com projeto dedicado à educação

por Larissa Bastos

Fotos: Arquivo pessoa

 

Uma jovem inspiradora. Assim pode ser definida a alagoana Larissa Maranhão, que, aos 18 anos, já serve de inspiração para milhares de brasileiros com o blog Enem RED [https://enemred.blogspot.com.br/]. Na página, ela auxilia estudantes com dúvidas quanto à redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a outras questões educacionais. É também pelo site que ela vem dando o que falar no País.

 

Prova disso é o prêmio Jovens Inspiradores, concedido pela Veja.com e pela Fundação Estudar para identificar e encorajar futuros líderes para o Brasil. Larissa foi uma das quatro ganhadoras da premiação, entregue em novembro, em São Paulo.

 

Nesta quinta (21), ela receberá o prêmio Expressão Alagoana, concedida pelo Governo de Alagoas. “É uma enorme honra e gostaria de parabenizar os outros vencedores que obtiveram notáveis performances em variadas áreas. A diversidade e a competência destes talentos provaram mais uma vez que milhares de bons frutos ainda brotarão na terra de Graciliano Ramos e Pontes de Miranda e que, sem dúvida, a maior riqueza do Estado é o povo alagoano”.

 

Blog

 

A ideia do Enem RED surgiu no final de 2011, logo após a divulgação do resultado do exame. Com os 1.000 pontos obtidos em sua redação, logo muitos jovens começaram a procurar Larissa nas redes sociais. A melhor solução para atender a todos foi a criação do blog, onde ela passou a postar temas de redação seguindo o modelo do exame, além de dicas de professores

 

Larissa destaca que são as histórias que a motivam. “Um dos meus primeiros alunos foi o Vinicius Carvalho, do Mato Grosso do Sul. Sua formação se deu quase toda em escola pública. Com muita dedicação, conseguiu primeiro lugar em Direito numa universidade particular e tirou 890 na redação do Enem. É esse tipo de história que me motiva a continuar expandindo o projeto”, diz.

 

Para chegar até aqui, ela diz que contou com muitas influências. A primeira delas foi o avô, Luiz Carlos Maranhão, dono de uma biblioteca com mais de dez mil livros. “Lembro que quando eu fiz minha primeira comunhão, ele me deu o livro ‘Romantismo Brasileiro’. Até hoje, eu mantenho o hábito e continuo lendo de tudo. Quem tem o hábito de ler leva uma vantagem enorme na hora de produzir um texto e para mim, esse fator foi determinante”.

 

Com apenas 15 anos, ela morou por dois meses no interior da Inglaterra, viveu seis meses nos Estados Unidos e passou 60 dias na Universidade de Harvard, estudando Economia.

 

Em 2012, ela seguiu outro curso. “Decidi explorar outra parte do mundo e fui trabalhar como professora de inglês numa favela indiana”, conta Larissa, que compara as diferentes vivências. “O que elas têm em comum é a relação com a educação. Consegui entender o quão importante ela é no desenvolvimento de um indivíduo e de uma nação, e hoje a vejo como o mais importante instrumento de transformação social”.